tag:blogger.com,1999:blog-15302282713362250012024-03-19T15:16:27.630-03:00Instituto Crescente - Hipnose EricksonianaInstituto Crescente de Desenvolvimento Humano
instituto criado para divulgar a aplicação da hipnose, por meio da hipnoterapia ericksoniana, na medicina, psicologia e odontologiaRodrigo Murrerhttp://www.blogger.com/profile/15952543404108301026noreply@blogger.comBlogger15125tag:blogger.com,1999:blog-1530228271336225001.post-11320109199372199162012-05-01T11:14:00.001-03:002012-05-01T11:58:51.704-03:00<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
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Em dezembro de 2011 estive novamente em Phoenix-AZ para participar do XI Congresso Internacional de Abordagens Ericksonianas de Hipnose e Psicoterapia.<br />
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Durante o período que estive lá tive contato com os grandes nomes da Hipnose Ericksoniana. Uma dessas pessoas foi a filha do Dr. Milton H. Erickson, a Dra. Roxanna Erickson-Klein, que me convidou a conhecer a casa onde eles moravam e onde o Dr. Erickson mantinha seu consultório.<br />
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A Dra. Roxanna me concedeu uma entrevista que foi gravada no consultório onde o Dr. Erickson atendia
seus pacientes e nela a Dra. Roxanna fala sobre a Hipnose Ericksoniana e
sobre as contribuições do seu pai para o campo da psicoterapia.<br />
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<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/wga6SV4Lm7w?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe> </div>
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Num artigo de 1948, publicado na revista Clínica Médica da América do Norte, sob o título de "Hypnotic Psychotherapy", Milton Erickson explica que "a indução e a manutenção de um transe servem para fornecer um estado psicológico especial no qual os pacientes podem reassociar e reorganizar as suas complexidades psicológicas internas e utilizar suas próprias capacidades de uma forma que esteja de acordo com sua própria vida experiencial. Hipnose não muda as pessoas nem altera a sua vida passada experiencial. Serve para que eles possam aprender mais sobre si mesmas e como se expressar de mais adequadamente."<br />
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É muito interessante verificar que neste artigo ele tece algumas considerações interessantes a respeito do uso da sugestão direta, normalmente usada na hipnose clássica. Segundo ele o uso da sugestão direta parte da premissa que o que quer se desenvolva na hipnose deriva das sugestões dadas. Isto implica em acreditar que o hipnoterapeuta possui poderes (milagrosos) de produzir mudanças terapêuticas no paciente e desconsidera o fato que a terapia é resultado de uma re-síntese interna do próprio paciente, alcançada por ele mesmo. Milton Erickson reconhece que sugestões diretas podem causar uma alteração no comportamento do paciente e resultar numa "cura" sintomática, ao menos temporariamente, mas por não envolver um processo de reassociação interna não é verdadeiramente uma cura e sim mera resposta comportamental à sugestão.<br />
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Em outras palavras, a psicoterapia hipnótica é um processo de aprendizado para o paciente, um procedimento de reeducação e, portanto, resultados efetivos só são alcançados na hipnoterapia pelas atividades do próprio paciente. O terapeuta apenas estimula o paciente a iniciar uma atividade, freqüentemente sem saber que atividade será, e então guia o paciente e exercita o julgamento clínico para determinar a quantidade de trabalho que deve ser feito para se adquirir um determinado resultado. Guiar e julgar constitui trabalho do terapeuta enquanto a tarefa do paciente é aprender através de seus próprios esforços a entender sua vida de uma nova maneira. Tal reeducação acontece necessariamente em termos das experiências de vida do paciente, suas compreensões, memórias, atitudes e idéias e não a partir das idéias e opiniões do terapeuta.<br />
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Em um outro artigo intitulado "Burden of Responsibility in Effective Psychotherapy" (o fardo da responsabilidade em psicoterapia eficaz) Milton Erickson mostra claramente com quem está a responsabilidade no tratamento: "Utilizar a hipnose como uma técnica que, de forma deliberada e intencional muda para os pacientes o fardo da responsabilidade pelos resultados terapêuticos e os faz afirmar e confirmar de maneira enfática e repetitiva em suas próprias formulações de pensamento e suas próprias verbalizações de seus próprios desejos, necessidades e intenções no nível de sua própria atividade mental inconsciente, faz com que os objetivos terapêuticos se tornem os objetivos do próprio paciente, não apenas aqueles oferecidos pelo terapeuta que está sendo consultado. Não é verdade que este procedimento é sempre bem sucedido. Há muitos pacientes que querem terapia, mas não a aceitam até estarem adequadamente motivados. Existem outros pacientes cujo objetivo é procurar terapia sem nunca a aceitá-la. Para este tipo de paciente a hipnoterapia falha tanto quanto as outras formas de terapia".<br />
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Esta é a visão da hipnoterapia ericksoniana!<br />
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Faça seu comentário, manifeste sua dúvida, teremos prazer em responder.<br />
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O termo técnico para este medo exagerado de agulhas é Aicmofobia (ou Tripanofobia se restrito a injeções) e a pessoa que sofre com este mal, ao se defrontar com a situação fóbica, tem sintomas que vão desde uma leve ansiedade ao pânico absoluto. Alguns trabalhos apontam que entre 10 e 20% da população adulta mundial são acometidos, em algum grau, por este transtorno e há quem acredite que este número seja ainda maior.<br />
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A fobia de agulhas geralmente tem origem em experiências pessoais traumáticas ou pode também ser adquirida por meio de relatos e/ou comportamentos observados de outras pessoas (mãe, pai, irmão, etc). Independente da causa, o fato é que, mesmo para as pessoas mais saudáveis, ocasionalmente é necessário enfrentar uma agulha e, considerando que o medo é uma das experiências mais debilitantes e agonizantes das experiências emocionais humanas, não é nada fácil para quem sofre deste transtorno.<br />
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Por conta disso, várias pesquisas são feitas para verificar a eficácia de técnicas psicológicas para superar ou amenizar este tipo de fobia...é claro que uma delas é a hipnose!<br />
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Como os leitores deste Blog já devem ter percebido, independente dos resultados positivos que observo com os meus pacientes, gosto de citar e considero importante comentar alguns dados de pesquisas que dão o suporte necessário para o uso da hipnose.<br />
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Na literatura científica encontramos alguns relatos de caso onde a hipnose foi usada com sucesso tanto em adultos (<a href="http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1002/ch.223/abstract">Medd 2001</a>) como em crianças (<a href="http://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/j.1460-9592.2007.02224.x/full">Cyna 2007</a>) para o tratamento da fobia de agulhas.<br />
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Em 2008 foi publicado na Revista de Psicologia Pediátrica (<a href="http://chestjournal.chestpubs.org/content/131/1/278.long">Uman 2008</a>) um trabalho de revisão sistemática que analisou uma grande variedade de intervenções psicológicas usadas para o manejo da dor e da ansiedade em crianças e adolescentes submetidos a procedimentos com agulhas. Ao todo, as 28 pesquisas analisadas envolveram 1990 participantes e os autores verificaram uma alta relação entre o uso da hipnose e a diminuição da dor e ansiedade antes e durante os procedimentos com agulhas, concluindo então que há evidência suficiente para a utilização há hipnose neste tipo de situação.<br />
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Mais recentemente foi publicado um estudo clínico randomizado feito na Grécia (<a href="http://jnci.oxfordjournals.org/content/99/17/1304.full.pdf">Liossi 2009</a>) em que os autores verificaram a eficácia da auto-hipnose na redução da dor e da ansiedade relacionadas à punção venosa em 45 pacientes da ala oncológica do Hospital das Crianças em Atenas. Além de utilizar o auto-relato de ansiedade, os autores basearam as avaliações em relatos feitos por observadores que acompanhavam os procedimentos e registravam as reações das crianças. Também foi avaliada a ansiedade dos pais que acompanhavam o procedimento. Os resultados mostraram que os pacientes do grupo de hipnose relataram menos ansiedade antecipatória e menos dor e ansiedade durante o procedimento. Além disso estes pacientes foram classificados pelos observadores como tendo demonstrado menos sofrimento durante o procedimento. Os pais cujos filhos estavam no grupo que recebeu a hipnose também relataram menos ansiedade durante o procedimento de seus filhos. Os autores observaram ainda que os benefícios terapêuticos da intervenção hipnótica foi mantido nas consultas de acompanhamento.<br />
Eu considero este trabalho particularmente importante porque além de ser um estudo clínico randomizado ele foi realizado num cenário médico real com um procedimento rápido e que ensinou a criança a fazer a auto-hipnose, o que dá a ela uma autonomia com a possibilidade de continuar usando o método sempre que precisar.<br />
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Se é algo tão simples e com resultados tão bons porque não é utilizado como rotina?<br />
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Boa pergunta...deixo você examinar o assunto para chegar na resposta, que talvez comece com "pre" e termine com "conceito".<br />
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Deixe suas dúvidas e comentários abaixo...e se gostou deste post compartilhe no seu Facebook.<br />
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Ernest Rossi, um dos discípulos de Milton Erickson e um dos grandes nomes da hipnoterapia atual, observa que este ponto de vista é totalmente consistente com o que se sabe hoje sobre o processo criativo em geral, em que se reconhece que a consciência é apenas uma estação de recepção para as novas combinações do processo criativo, que de fato ocorrem em um nível inconsciente.<br />
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Essa visão é também consistente com as abordagens iniciais da hipnoterapia usadas por Liebeault, Bernheim e Braid, que às vezes colocavam pacientes em transe por um período de tempo e depois os "acordavam" sem fazer nenhum tipo de sugestão direta sobre a terapia, e a cura acontecia mesmo assim. Pode-se inferir que a atmosfera de cura que envolvia esses processos, juntamente com o sistema de crenças daquela época, funcionavam como sugestões indiretas e não-verbais para colocar em movimento, dentro de seus pacientes, processos criativos autônomos que efetuavam a "cura".<br />
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Para Erickson um paciente é um paciente por causa de processos mentais equivocados e perspectivas limitadas de referência. Em sua terapia ele procura continuamente romper estas limitações rígidas para iniciar um estado de fluxo mental que pode liberar o potencial criativo do paciente. Portanto, as técnicas da abordagem ericksoniana tem como um dos principais objetivos despotencializar as limitações da mente consciente no sentido de facilitar a solução de problemas e a criatividade.<br />
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Ernest Rossi diz que o homem do século 20 é "aleijado" por um sistema materialista de crenças excessivamente racionalistas que tendem a rebaixar o funcionamento desses processos terapêuticos autônomos. Segundo ele, o homem moderno tem uma consciência arrogante que acredita que pode resolver e realizar tudo em um nível consciente e voluntário. São justamente estes esforços voluntários que freqüentemente ficam no caminho dos processos de cura natural.<br />
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É para lidar com esses esforços equivocados da mente consciente que Milton Erickson desenvolveu abordagens indiretas, que ocupam a mente consciente do paciente enquanto a mente inconsciente tem a oportunidade de criar novas soluções e estratégias para lidar com a vida. Todo o processo de indução de transe ericksoniano é projetado para relaxar os modelos rígidos da consciência habitual e permitir novos aprendizados internos, gerados pela mente inconsciente, e assim chegar no objetivo terapêutico.<br />
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"...e minha voz irá contigo e se transformará na voz da chuva e do vento..." (Milton H. Erickson)Rodrigo Murrerhttp://www.blogger.com/profile/15952543404108301026noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1530228271336225001.post-73244673685472464742011-06-22T11:08:00.000-03:002011-06-22T11:08:29.687-03:00Entrevista do meu amigo, Dr. Paulo Evangelista sobre HipnoseEntrevista esclarecedora do Dr. Paulo Evangelista, de Porto Alegre, sobre a utilização clínica da hipnose.<br />
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Recomendo uma visita ao site do colega, que tem um sério trabalho na área: http://www.pauloevangelista.com.br<br />
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<iframe width="425" height="349" src="http://www.youtube.com/embed/4BludN_MvOI" frameborder="0" allowfullscreen></iframe>Rodrigo Murrerhttp://www.blogger.com/profile/15952543404108301026noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1530228271336225001.post-57015095615750470532011-06-17T10:55:00.004-03:002011-06-17T11:35:11.897-03:00Como acontece a Hipnose Ericksoniana?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEx2wTEztMEx9mqCrKt4wOSwNk1jRMD8FsYep2h2DPX_QjdK35Upm8lghZzcUhuKA1a7W_RskH2RLEBw4rDoA-sZvGZZWMasf1Hc_peR5DIqsUrtjrZlmG49ndGrmkdvQvGSLd6msMFydX/s1600/erickson-in-session.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 227px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEx2wTEztMEx9mqCrKt4wOSwNk1jRMD8FsYep2h2DPX_QjdK35Upm8lghZzcUhuKA1a7W_RskH2RLEBw4rDoA-sZvGZZWMasf1Hc_peR5DIqsUrtjrZlmG49ndGrmkdvQvGSLd6msMFydX/s320/erickson-in-session.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5619197151573392786" border="0" /></a>Um dia desses uma amiga me disse algo assim: "Rodrigo, mesmo sabendo dos resultados positivos ainda não consigo compreender como funciona a hipnose ericksoniana. Você lê algum texto para o paciente? Você faz algumas afirmações a respeito do que a pessoa está querendo tratar?". Achei que seria interessante escrever um artigo a respeito disso para as pessoas que não conhecem a técnica terem uma idéia melhor de como ela acontece na prática.<br /><br /><br />A idéia que geralmente as pessoas têm de hipnose é a de que o hipnoterapeuta irá colocar a pessoa em transe e em seguida dar as instruções relacionadas à terapia desejada. Esta imagem está muito relacionada à hipnose clássica que trabalha sempre com um processo que envolve uma indução formal de transe (um estado em que o paciente fica de olhos fechados e focado em processos internos) seguida de uma fase terapêutica, onde são transmitidas algumas "instruções" de como o paciente irá se comportar dali em diante. Nesta abordagem, tanto o processo de indução como o terapêutico são normalmente muito direcionados. O hipnoterapeuta diz ao paciente o que ele está experimentando ("suas pálpebras estão ficando pesadas") e como ele deverá se comportar ("você não terá mais vontade de fumar"). É comum os hipnoterapeutas clássicos se utilizarem de roteiros escritos com o que será dito tanto na fase de indução como na fase terapêutica.<br /><br />Na hipnose ericksoniana nem sempre se faz uma indução formal de transe. Em algumas situações o processo terapêutico acontece durante uma conversa, aparentemente normal. Isso porque Milton Erickson percebeu que o estado de transe faz parte do repertório natural das pessoas, isto é, as pessoas entram e saem de transes a todo o momento. Portanto, o processo terapêutico da hipnose pode acontecer durante uma conversa em que, por meio de associações de idéias e sugestões utilizadas pelo hipnoterapeuta, o paciente pode ter acesso a recursos internos que serão utilizados para lidar com o problema em questão.<br /><br />Mesmo quando se faz uma indução formal de transe, é menos comum na hipnoterapia ericksoniana dizer ao paciente o que ele vai sentir, ou como deverá se comportar, ou seja ela não é direcionada pelo terapeuta como a hipnose clássica. Trabalha-se com possibilidades: "talvez você sinta que as suas pálpebras estão ficando diferentes", "e você poderá perceber algumas mudanças no seu pensamento", etc. Além disso, na hipnose ericksoniana não se faz uso de roteiros pré-escritos. Cada indução é individualmente elaborada de acordo com o paciente e com o que está acontecendo naquele momento. O hipnoterapeuta acompanha o que o paciente está experimentando e conduz o processo de maneira a adequar o que é dito com o que está acontecendo, utilizando na indução o que acontece durante o processo.<br /><br />Milton Erickson raramente abordava o problema do paciente de uma forma direta. Segundo ele, isso evita o surgimento de resistências à terapia. Era muito comum ele contar uma história, uma piada, ou falar de um assunto que parecia que não tinha nada a ver com o que o paciente queria resolver e, com o passar dos dias, o paciente percebia que o problema estava resolvido.<br /><br />Portanto, a hipnoterapia ericksoniana acontece por meio de conversas entre o paciente e o terapeuta. Nessas conversas estão envolvidas formas muito especiais de comunicação que despertam processos internos de mobilização de recursos no sentido de buscar a solução do problema apresentado. Esta comunicação pode envolver a indução de um transe formal, em que o paciente reduz sua percepção periférica e fica mais focado internamente, enquanto o hipnoterapeuta faz as sugestões que considera mais adequadas para alcançar o objetivo desejado. Essas sugestões, no caso da hipnose ericksoniana, são geralmente indiretas, na forma de metáforas, histórias, analogias, etc. e auxiliam o acesso a recursos e processos inconscientes que serão utilizados para alcançar o objetivo da terapia.<br /><br />É isso! Se você ainda tem dúvidas, faça uma pergunta nos comentários do blog ou por meio do contato do site...terei prazer em responder!<br /><br />(a foto neste artigo mostra o Dr. Milton Erickson durante uma sessão)Rodrigo Murrerhttp://www.blogger.com/profile/15952543404108301026noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-1530228271336225001.post-21625444624744929372011-06-12T14:31:00.002-03:002011-06-12T14:36:39.430-03:00Hipnoterapia, Hipnose e Regressão<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig2gupd4TffFWN6cCw1ZT6v56j5DuxvzI_MShtMxJ4tby9hu4pUXzIWOBKy784Taz7H3xyqmMsvIAV-GsXmM9JoAQrLSVFf1itzlhGgM12pa8VrzmgWed3zMMlzQ3v5lhqFtMlmD7tbJXd/s1600/hypnosis1.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 242px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig2gupd4TffFWN6cCw1ZT6v56j5DuxvzI_MShtMxJ4tby9hu4pUXzIWOBKy784Taz7H3xyqmMsvIAV-GsXmM9JoAQrLSVFf1itzlhGgM12pa8VrzmgWed3zMMlzQ3v5lhqFtMlmD7tbJXd/s320/hypnosis1.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5617388437840601762" border="0" /></a>Algumas pessoas confundem hipnose com hipnoterapia e considero muito importante que seja feita uma distinção clara entre as duas coisas.<br /><br />A hipnose pode ser considerada um estado especial de consciência ligado a um profundo relaxamento, foco concentrado e sugestibilidade aumentada. Portanto a hipnose em si não é terapia. Há uma grande diferença entre o ato de hipnotizar alguém (hipnose) e as mudanças que podem acontecer com a ajuda de um hipnoterapeuta qualificado (hipnoterapia).<br /><br /><br /><br />A hipnose, segundo o Dr. Milton H. Erickson, é um tipo de comportamento especial, mas normal, que acontece quando a atenção e os processos do pensamento são dirigidos para as aprendizagens experienciais adquiridas durante a vida do indivíduo. Neste estado especial de consciência chamado hipnose vários comportamentos do dia-a-dia podem se manifestar, em diferentes graus, mas sempre dentro dos limites normais. Segundo Erickson “na hipnose não se adquire super poderes nem tampouco novas habilidades, o que acontece é um melhor aproveitamento das habilidades que a pessoa já possuía, ainda que essas habilidades não fossem previamente reconhecidas”.<br /><br />O trabalho hipnótico facilita a descoberta de novas opções na vida e a quebra de padrões de sentimentos e comportamento indesejáveis.<br /><br />Quando se usa a hipnose para tratar um problema físico ou psicológico, chamamos o processo de hipnose clínica ou de hipnoterapia.<br /><br />É importante também diferenciar:<br />Hipnotizador: pessoa sem formação na área de saúde ou que hipnotiza para fins de entretenimento<br />Hipnoterapeuta: pessoa com formação na área de saúde e que utiliza a hipnose com fins terapêuticos. (Algumas pessoas preferem usar o termo Hipnólogo)<br /><br />Outra confusão muito comum é pensar que Hipnoterapia é o mesmo que Terapia de Vidas Passadas ou Regressão.<br /><br />A hipnose é um instrumento terapêutico que resulta em um estado de atenção altamente focada, com redução da consciência periférica e uma capacidade aumentada de resposta às pistas sociais. O procedimento de hipnose consiste em uma indução, que coloca o paciente no estado de transe, e, em seguida sugestões são feitas ao paciente para ajudar a alcançar os objetivos da sessão.<br /><br />De maneira simplista, a hipnose pode ser considerada um estado ou condição que ocorre quando sugestões apropriadas provocam distorções na percepção, memória e/ou humor. Entre as distorções de percepção possíveis, numa sessão de hipnoterapia, o paciente pode vivenciar a sensação de regressão do tempo mas esta sensação pode acontecer por meio da imaginação criativa, o que significa que nem todas as experiências regressivas vividas durante um transe hipnótico são provindos exclusivamente daquilo que foi vivido pelo paciente. Ou seja, hipnose não é regressão e, embora processos regressivos possam ser usados como instrumento durante a hipnoterapia, eles não são considerados necessariamente como regressões reais provindas da memória do paciente.<br /><br />A hipnose pode ser utilizada:<br />Na Psicologia: tabagismo, emagrecimento, fobias, depressão, ansiedade, problemas sexuais, alcoolismo, problemas de fala, dores crônicas, auto-estima e fortalecimento do ego e melhoras na concentração ou memória.<br />Na Medicina: psiquiatria, anestesia e cirurgia, doenças psicossomáticas, ginecologia e obstetrícia (parto), controle de sangramento, tratamento de queimaduras, dermatologia, pediatria (xixi na cama, pesadelos, timidez e inadaptação), controle da dor, controle de vícios.<br />Na Odontologia: medo de ir ao dentista, controle da dor e desconforto, bruxismo, controle de sangramento, controle da salivação excessiva.Rodrigo Murrerhttp://www.blogger.com/profile/15952543404108301026noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1530228271336225001.post-46450773737192314312011-06-04T11:39:00.001-03:002011-06-06T17:43:11.901-03:00Hipnose para ansiedade e depressãoTrecho da entrevista com o Dr. Brent Geary em que ele fala do uso da Hipnose para Transtornos de Ansiedade e Depressão.<br /><br /><iframe src="http://www.youtube.com/embed/Ox1jfV5Fq5M" allowfullscreen="" frameborder="0" height="349" width="425"></iframe><br /><br /><br /><br />Inscreva-se no nosso <a href="http://www.youtube.com/institutocrescente">Canal do YouTube</a><br /><br />Siga o Instituto no Twitter: <a href="http://twitter.com/#%21/instcrescente">instcrescente<br /></a><br />Visite o nosso <a href="http://www.institutocrescente.com.br/">website </a>e entre em contato!Rodrigo Murrerhttp://www.blogger.com/profile/15952543404108301026noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1530228271336225001.post-24681878605924066262011-05-28T11:34:00.002-03:002011-06-08T07:26:31.014-03:00A Utilização da Hipnose na Gestação e no Parto<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdTkULQvIMvnXPrYIzwsXXCz0lauoMIJwHUg69V9R7ysvLlAxQGypTa2QO_lEOBcvVMDq161SUWTtHuprO9tABDSOytFmANdZK61yOSK8PhwU3hSFe7BHRw4HtqZoranLe4k1haSeSY3io/s1600/Pregnant_main.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhdTkULQvIMvnXPrYIzwsXXCz0lauoMIJwHUg69V9R7ysvLlAxQGypTa2QO_lEOBcvVMDq161SUWTtHuprO9tABDSOytFmANdZK61yOSK8PhwU3hSFe7BHRw4HtqZoranLe4k1haSeSY3io/s320/Pregnant_main.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5615793352689179266" border="0" /></a><br />O parto é, sem dúvida, um dos momentos mais importantes na vida de uma mulher. Entretanto, para muitas mulheres gestantes a aproximação deste momento gera ansiedade e medo relacionados, entre outras coisas, a segurança e saúde do bebê e à expectativa de dor.<br /><br /><br />O medo, a ansiedade e sentimentos de perda de controle desempenham um papel importante na incidência e intensidade da dor durante o parto e aumentam o risco de um estresse pós-traumático e de depressão pós-parto.<br /><br />A hipnoterapia tem sido utilizada durante a gravidez e o parto por mais de um século e é considerada uma das aplicações mais úteis e gratificantes da hipnose. Na literatura científica existem diversas evidências demonstrando a eficácia desta intervenção psicológica em proporcionar analgesia e reduzir a ansiedade em torno de situações cirúrgicas e operatórias.<br /><br />Trabalhos recentes com a utilização de tomografia por emissão de pósitrons (PET) tem trazido uma maior compreensão das alterações neurofisiológicas que ocorrem durante a analgesia induzida pela hipnose. Uma das regiões afetadas na modulação hipnótica da dor é o giro cingulado anterior. A interpretação emocional de sensações parece ser inibida pela supressão da atividade neural entre o córtex sensorial e a amígdala (neste caso órgão do sistema nervoso central e não aquela que fica na garganta). Ou seja, a hipnose tem um efeito significativo justamente no componente afetivo da dor.<br /><br />Potencialmente, a hipnose poderia ser usada sozinha para alívio da dor durante a parto, na prática, porém, é melhor ter a hipnose como um adjunto para facilitar e melhorar a ação de outros analgésicos. Artigos de revisão sistemática sugerem que gestantes que utilizam técnicas de hipnose no parto têm menor necessidade de analgesia farmacológica e maiores chances de parto natural.<br /><br />O que é interessante é que, ao contrário do que se pensa, o profissional hipnólogo não precisa estar presente no momento do parto para hipnotizar a gestante. Os protocolos mais comuns recomendam a utilização de 4 a 6 sessões de hipnose a partir da 30ª semana de gestação. Nestas sessões a futura mamãe aprende técnicas de auto-hipnose e recebe sugestões pós-hipnóticas que terão o efeito desejado no momento necessário antes, durante e depois do parto.<br /><br />Atualmente estão acontecendo duas grandes pesquisas no Reino Unido e na Austrália, apoiadas pelo sistema nacional de saúde destes países e que, acredito, vêm confirmar tudo o que já sabemos e acrescentar evidências definitivas da eficácia e recomendação do uso da hipnose durante a gestação e no parto.<br /><br />As futuras mamães que quiserem esclarecer dúvidas a respeito do assunto utilizem o nosso formulário de contato que teremos prazer em esclarecer!<br /><br /><br /><br />Inscreva-se no nosso <a href="http://www.youtube.com/institutocrescente">Canal do YouTube</a><br /><br />Siga o Instituto no Twitter: <a href="http://twitter.com/#%21/instcrescente">instcrescente<br /></a><br />Visite o nosso <a href="http://www.institutocrescente.com.br/">website </a>e entre em contato!Rodrigo Murrerhttp://www.blogger.com/profile/15952543404108301026noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-1530228271336225001.post-40673208315282376972011-05-21T11:36:00.001-03:002011-06-06T17:43:37.862-03:00Hipnose - o que é e o que não é hipnoseTrecho do Curso "Hipnose em Odontologia" Ministrado pelo Prof. Dr. Rodrigo Murrer na XIX Jornada Odontológica de Anápolis, em novembro de 2010.<br /><br /><iframe src="http://www.youtube.com/embed/c2SrSJHKxBI" allowfullscreen="" frameborder="0" height="349" width="425"></iframe><br /><br /><br />Inscreva-se no nosso <a href="http://www.youtube.com/institutocrescente">Canal do YouTube</a><br /><br />Siga o Instituto no Twitter: <a href="http://twitter.com/#%21/instcrescente">instcrescente<br /></a><br />Visite o nosso <a href="http://www.institutocrescente.com.br/">website </a>e entre em contato!Rodrigo Murrerhttp://www.blogger.com/profile/15952543404108301026noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1530228271336225001.post-49066568023620879832011-05-14T11:24:00.001-03:002011-06-08T07:32:30.954-03:00Hipnose nos Esportes<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyrXq6jnt5VBS8W5ptTmEK-uxJZOlGR0sXgSpOyfqRVSsPeYOJ9GYs_gz9lb4Gkhfa6lWX5p9BzQdHb9ehl8wgI1XzDSlhlKYx6wHKBnpMqPrK_BLDW5qLX-pZU9s6QOqXvNdEX9lmbres/s1600/marissa-treece.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 230px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyrXq6jnt5VBS8W5ptTmEK-uxJZOlGR0sXgSpOyfqRVSsPeYOJ9GYs_gz9lb4Gkhfa6lWX5p9BzQdHb9ehl8wgI1XzDSlhlKYx6wHKBnpMqPrK_BLDW5qLX-pZU9s6QOqXvNdEX9lmbres/s320/marissa-treece.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5615794911403812754" border="0" /></a><br />Algumas pessoas me perguntam se a hipnose pode ser usada para melhorar o desempenho em atividades esportivas. Quem já assistiu algum curso meu sobre o assunto sabe que não gosto de transformar a hipnose no "emplastro Brás Cubas", ou seja em remédio milagroso que serve para tudo. Uso e recomendo a hipnose para situações em que existe evidência científica de que pode ser útil.<br /><br />Posto isto, a resposta breve para a pergunta é: Sim, é possível melhorar o desempenho nos esportes por meio de sessões de hipnose. Mas convido você a ler o restante do artigo e, conhecendo um pouco mais sobre o assunto, entender em que baseio a minha resposta.<br /><br />Começarei falando do mais recente trabalho publicado a respeito do assunto: No mês de abril deste ano (2011) a revista <a href="http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20479480">Journal of Sport and Exercise Psychology</a> publicou uma pesquisa conduzida na Universidade de Staffordshire que avaliou os efeitos da hipnose na auto avaliação e no desempenho de 59 jogadores de futebol na tarefa de acertar chutes em áreas demarcadas em uma parede. Os resultados mostraram um desempenho superior dos jogadores que fizeram as sessões de hipnose em relação ao grupo controle. O interessante deste estudo é que foi feito um acompanhamento depois de quatro semanas após a primeira avaliação para verificar se os efeitos eram duradouros e os mesmos jogadores ao se submeterem novamente ao teste tiveram resultados semelhantes.<br /><br />Além deste, existem outros trabalhos que verificaram aumento de desempenho em praticantes de basquete, golfe, arco e flecha, alpinismo, judô, boliche, cricket...pra quem quiser uma lista de referências de artigos pode clicar <a href="http://www.sportshypnosis.org.uk/research">AQUI</a>.<br /><br />Na última olimpíada pelo menos 2 medalhistas atribuíram o bom desempenho à utilização da hipnose...<br /><br />Talvez você se pergunte: Então, por que a hipnose não é mais usada no esporte? Infelizmente acredito que ainda exista um preconceito muito grande a respeito da técnica, que ainda é associada a hipnose de palco (aquela que você vê na televisão, em que algumas pessoas fazem papel de bobo). Mas acredito que aos poucos, com o aumento das pesquisas e das pessoas que trabalham com seriedade, haja também um aumento da compreensão do processo e dos benefícios que podem ser conseguidos e com isso a hipnose seja acrescentada à caixa de ferramentas de técnicos e esportistas como mais recurso útil no aumento de rendimento e performance.<br /><br />Quem sabe um dia desses eu ofereço os meus serviços para o técnico do Palmeiras e assim ajudo o meu verdão a ganhar alguma coisa...rs<br /><br />Abraço!<br /><br />Inscreva-se no nosso <a href="http://www.youtube.com/institutocrescente">Canal do YouTube</a><br /><br />Siga o Instituto no Twitter: <a href="http://twitter.com/#%21/instcrescente">instcrescente<br /></a><br />Visite o nosso <a href="http://www.institutocrescente.com.br/">website </a>e entre em contato!Rodrigo Murrerhttp://www.blogger.com/profile/15952543404108301026noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1530228271336225001.post-78807651173021703282011-05-07T11:27:00.002-03:002011-06-06T17:44:10.153-03:00Rodrigo Murrer entrevista o Dr. Brent Geary sobre Hipnose EricksonianaEm 2010 o Instituto Crescente trouxe ao Brasil o Dr. Brent Geary para dar um workshop de 5 dias sobre Hipnose Ericksoniana.<br /><br />O Dr. Geary é o coordenador da área educacional da Fundação Milton Erickson, em Phoenix-AZ.<br /><br />Após o workshop o Dr. Rodrigo Murrer, do Instituto Crescente, entrevistou o Dr. Geary.<br /><br />Nesta entrevista o Dr. Geary fala sobre sua experiência com a Hipnose Ericksoniana e sobre a<br />utilidade terapêutica desta técnica.<br /><br /><br /><br /><iframe src="http://www.youtube.com/embed/Z0mpByZbAk4" allowfullscreen="" frameborder="0" height="349" width="425"></iframe><br /><br /><br /><br />Inscreva-se no nosso <a href="http://www.youtube.com/institutocrescente">Canal do YouTube</a><br /><br />Siga o Instituto no Twitter: <a href="http://twitter.com/#%21/instcrescente">instcrescente<br /></a><br />Visite o nosso <a href="http://www.institutocrescente.com.br/">website </a>e entre em contato!Rodrigo Murrerhttp://www.blogger.com/profile/15952543404108301026noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1530228271336225001.post-37906895310060257492011-04-30T11:21:00.002-03:002011-06-08T07:29:01.231-03:00Hipnose e Medo de Dentista<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBbXeY1OmMRbyumdaxaXXJhM4IEXw47ERC-6a1-OSd03AUIJpdxGQFh4A9pqeASZS9r478VGleP1Xpp6rMzyvV-HtDjEF9xjmgv4hpODZDBJTie-YwowJQRkqgxOEzeXgyEWYipBVFVM7l/s1600/fear-of-dentist.png"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 292px; height: 220px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBbXeY1OmMRbyumdaxaXXJhM4IEXw47ERC-6a1-OSd03AUIJpdxGQFh4A9pqeASZS9r478VGleP1Xpp6rMzyvV-HtDjEF9xjmgv4hpODZDBJTie-YwowJQRkqgxOEzeXgyEWYipBVFVM7l/s320/fear-of-dentist.png" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5615794010545767106" border="0" /></a><br />Você tem ou já ouviu falar de alguém que tem medo de dentista?<br /><br />Este tema é motivo de piada para alguns mas não tem a menor graça para milhares de pessoas no mundo inteiro que sofrem com este problema.<br /><br />O medo é uma das mais debilitantes e agonizantes experiências emocionais humanas e, no caso do medo de dentista, as conseqüências negativas causadas alcançam vários aspectos da vida do paciente.<br /><br />O impacto mais direto está na deterioração da saúde bucal, pois a pessoa que tem medo de dentista evita o tratamento odontológico, o que resulta num aumento da complexidade do tratamento necessário e da chance de, quando finalmente o paciente resolver procurar tratamento, ele experimentar desconforto e dor durante os procedimentos, o que reforça o medo e aumenta a evitação futura do tratamento, gerando um círculo vicioso.<br /><br />O estresse que é vivenciado pelo paciente aumenta o medo, o desconforto e a percepção da dor durante o tratamento, diminuindo a capacidade do paciente em colaborar com o tratamento, tornando-o mais difícil, causando perda de tempo e estresse da equipe e colocando em risco a qualidade dos procedimentos executados.<br /><br />Além disso, os medos, particularmente os crônicos, causam perturbações e limitações no decorrer do tempo e podem interferir com o crescimento e desenvolvimento do individuo, minando o funcionamento da personalidade e aumentando a vulnerabilidade a outras psicopatologias. O impacto psicossocial do medo de dentista é bem documentado na literatura científica com efeitos cognitivos, psicológicos, comportamentais e sociais.<br /><br />É crescente o corpo de evidências científicas de que a hipnose pode ser um adjunto útil em procedimentos clínicos na área médica e também odontológica.<br /><br />Os efeitos operatórios positivos da hipnose incluem: sedação, redução do medo e da ansiedade, inibição das atividades motoras, relaxamento, analgesia e anestesia com conseqüente aumento da tolerância em relação às demandas físicas e psicológicas dos procedimentos cirúrgicos.<br /><br />No Hospital da Universidade de Liége (Bélgica), por exemplo, a técnica tem sido utilizada com sucesso em mais de 1.800 intervenções cirúrgicas desde 1992. <a href="http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/7605762">Estes trabalhos</a> mostram que a hipnose fornece melhor alívio da ansiedade e da dor peri-operatória, permite reduções significativas nas solicitações de medicação e melhora a satisfação do paciente e condições cirúrgicas em comparação com técnicas psicológicas convencionais de redução de estresse utilizadas em pacientes recebendo sedação consciente para a cirurgia plástica.<br /><a href="http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17728216"><br />Pesquisas</a> no Hospital Monte Sinai, da Faculdade de Medicina de Nova York, mostram que a hipnose diminui a dor, náusea, fadiga, desconforto e perturbação emocional de pacientes que fazem cirurgia de câncer de mama.<br /><br />A pergunta é: a hipnose pode ajudar os pacientes que tem medo de dentista?<br /><br />A resposta é: sim, não só o medo de dentista mas também o medo e ansiedade de procedimentos clínicos e cirúrgicos...aliás a hipnose é muito útil com fobias em geral, mas esta é outro assunto, para um outro post.<br /><br /><br />Inscreva-se no nosso <a href="http://www.youtube.com/institutocrescente">Canal do YouTube</a><br /><br />Siga o Instituto no Twitter: <a href="http://twitter.com/#%21/instcrescente">instcrescente<br /></a><br />Visite o nosso <a href="http://www.institutocrescente.com.br/">website </a>e entre em contato!Rodrigo Murrerhttp://www.blogger.com/profile/15952543404108301026noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1530228271336225001.post-45843082833355108902010-03-26T11:12:00.003-03:002011-06-24T13:36:56.583-03:00A Força da Hipnose - Correio Brasiliense 26/03/2010<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzz9QOS-oylkVKOyZs1YWEvs-y46L5ojz194tTVD8G_8QiU6oFTnMdvRqKh9QQgwUoTw-dl4xyxfvi7lCgKGAlEt5B93tArHjVRZXdiAyJOfddKgQMl4TOih4PRI5twGO-iJba_qCw41r8/s1600/Brent.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjzz9QOS-oylkVKOyZs1YWEvs-y46L5ojz194tTVD8G_8QiU6oFTnMdvRqKh9QQgwUoTw-dl4xyxfvi7lCgKGAlEt5B93tArHjVRZXdiAyJOfddKgQMl4TOih4PRI5twGO-iJba_qCw41r8/s1600/Brent.jpg" /></a></div>Matéria escrita por Rodrigo Craveiro e publicada no caderno Saúde do Jornal O Correio Brasiliense de 26/03/2010<br />
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Para acessar o arquivo PDF da matéria na íntegra clique <a href="http://www.institutocrescente.com.br/uploads/blog/entrevistacorreio.pdf">aqui</a><br />
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Quando se fala em hipnose moderna, logo surge o nome de Milton H. Erickson, o terapeuta que revolucionou e humanizou a técnica. Pouco mais de um mês antes de desembarcar no Brasil, o terapeuta norte-americano Brent Geary, uma das maiores autoridades mundiais no ensino da hipnose ericksoniana, falou ao Correio sobre o método. De acordo com ele, a hipnose pode ajudar na cura da depressão e de vícios e maus hábitos. Também pode ser uma potencial arma contra a dor, modificando-a ou permitindo ao paciente se dissociar dela. Geary afirma, por e-mail, que a hipnose ericksoniana pressupõe a cooperação do paciente, sugestionado pelo terapeuta a relaxar até entrar em transe. O método também pode ser usado pelo especialista para auxiliar o doente em estado terminal na transição para a morte. “É um novo modo de realizar a hipnose, um mundo de possibilidades”, garante Brent Geary, formado em psicologia e doutor pela Arizona State University.<br />
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<b>O que torna a hipnose ericksoniana uma ferramenta eficiente e por que o método é objeto de tanto interesse?</b><br />
Tem havido um aumento de interesse pela hipnose durante os últimos 25 anos. O método originou-se há mais de 200 anos. Com mais conhecimento sobre as relações entre a mente e o corpo, porém, a hipnose tornou-se uma técnica de utilidade particular. Isso porque tanto mente como corpo são usados em toda sessão de hipnose. Milton Erickson introduziu um novo modo de realizar a hipnose, ao mergulhar o paciente em um “mundo de possibilidades”. O método antigo de hipnose afirma às pessoas o que fazer. É autoritário e forçoso, implicando na necessidade de o indivíduo experimentar certas coisas. Algumas vezes, funciona. Mas muitas pessoas preferem permitir que a experiência ocorra e escolher quais comportamentos são melhores para elas. A técnica ericksoniana geralmente usa histórias, anedotas (relatos reais) ou metáforas (fantasias, mitos, fábulas) para estimular a atividade inconsciente de modo indireto. É esse uso do não direcionamento que torna a hipnose ericksoniana e a psicoterapia únicas. As histórias têm sido usadas como tesouros de ensinamento em todas as culturas, desde que o homem começou a falar. Erickson incorporou o poder da história à hipnose. Médicos apreciam o método ericksoniano por ele fornecer mais opções e escolhas. Um terapeuta pode se comunicar diretamente com aqueles que se beneficiam da técnica. Ou pode escolher a comunicação indireta para influenciar e ajudar os pacientes. Na maior parte dos casos, usamos uma combinação. Quanto mais escolhas, maior o potencial de sucesso.<br />
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<b>Como a hipnose ericksoniana pode ser usada em benefício da saúde?</b><br />
A hipnose ericksoniana tem sido aplicada em uma vasta gama de desordens médicas e psicológicas. A aplicação primária da hipnose na medicina é contra a dor. A hipnose tem se demonstrado eficiente no controle da dor, ao modificá-la diretamente, permitindo aos pacientes se dissociarem dela. Também mostrou-se útil em condições psicossomáticas, desordens nas quais fatores emocionais podem agravar sintomas de uma condição física. Isso inclui dores de cabeça, asma, distúrbios gástricos (úlceras e refluxo), verrugas, doenças dermatológicas e hipertensão. A hipnose tem sido aplicada a quase todas as desordens psicológicas. Em algumas condições, como a esquizofrenia, ela deve ser usada com cautela. A hipnose também pode ajudar os pacientes a tomarem medicação de modo regular, se sentirem mais calmos, estarem mais ativos no dia a dia. Trata-se de um dos principais métodos no tratamento da ansiedade. Há muitas formas de ansiedade (pânico, fobias, preocupação excessiva). O relaxamento da hipnose oferece muitas vias de tratamento. Mas a técnica tem sido ainda usada para modificar hábitos (roer unhas, retirar tufos de cabelo etc.) e tratar a procrastinação, a desordem de estresse pós-traumático e a raiva.<br />
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<b>Qual é a eficácia de se usá-la para tratar a depressão e os traumas?</b><br />
A depressão é a principal desordem psicológica no mundo. Algumas vezes, ela permite às pessoas sentirem mais esperança, ao imaginarem um futuro mais benigno. A hipnose também pode ser usada para ajudar as pessoas a se sentirem mais motivadas ou ativas, a descobrirem e neutralizarem pensamentos que apoiam a depressão e a ajudá-las a revisarem eventos do passado para ajustarem-se a eles. Um dos fenômenos primários da hipnose é chamado de “regressão de idade”. Esse é um método no qual o paciente retorna em sua história pessoal e se recorda de um incidente, com as emoções e as sensações presentes naquele momento. Por essa razão, a hipnose é especialmente aplicável ao tratamento do trauma. Algumas vezes, a meta é permitir a uma pessoa lembrar-se de um evento com uma reação menos negativa. Outras vezes, os pacientes podem revisar algo do passado e ganhar outras perspectivas para entender o que aconteceu e o porquê. Em outros casos, o futuro (não o passado) deve ser explorado. Apesar do trauma, há anos adiante que podem ser vividos de um modo melhorado. A hipnose pode ajudar os pacientes a imaginarem como poderiam estar (no futuro) e, então, os passos para gerar um futuro melhor.<br />
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<b>A hipnose ericksoniana pode ser empregada para reduzir o sofrimento de pacientes terminais?</b><br />
A hipnose pode ser uma parte muito valiosa do tratamento de pacientes terminais. Como eu mencionei antes, a hipnose pode ajudar no gerenciamento da dor, mas também auxilia as pessoas a se sentirem mais absorvidas por crenças espirituais. O transe pode realçar a experiência que as pessoas têm com sentimentos, imagens e sons (como a oração) derivados de sua espiritualidade, ajudando-as na transição da vida para a morte. Também pode permitir às pessoas lembrarem, de modo vívido, de épocas importantes e significativas de seu passado, fornecendo uma apreciação melhorada de pessoas, lugares e coisas que foram parte de suas vidas.<br />
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<b>Quais são os mais impressionantes casos de cura já registrados?</b><br />
Há vários livros dedicados aos casos do doutor Erickson. Ele alcançou resultados surpreendentes e incomuns com pacientes que foram afetados pela dor, por desordens de desenvolvimento, depressão, baixa estima e outras. Erickson foi um dos primeiros a propor que a terapia poderia ser breve e focada nos sintomas que o paciente experimentava. Antes de ele demonstrar isso, a psicoanálise era a modalidade de tratamento predominante. É um lento processo de descobrir a dinâmica do inconsciente que estaria por trás dos sintomas. Erickson mostrou que a mudança pode ocorrer mesmo quando a causa subjacente não é identificada ou compreendida. Em minha própria prática, os casos mais bem-sucedidos dos quais me lembro envolvem principalmente a dor e a ansiedade. Quando somos capazes de ajudar as pessoas a viverem melhor, a terapia é gratificante. Os pacientes com ansiedade geralmente não entendem o que está ocorrendo a eles, e alguns se sentem miseráveis. Essa é uma desordem que responde muito bem à hipnose. É maravilhoso ver a transformação de uma pessoa nervosa, preocupada e fora de controle em um indivíduo que pode controlar a ansiedade e estar mais ativo e satisfeito com a vida.<br />
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<b>De que modo o hipnoterapeuta conduz o processo e quanto tempo dura uma sessão?</b><br />
Há muitas maneiras de uma hipnose ser realizada. A primeira fase do processo é chamada de “indução”. Essa não é uma palavra muito boa, por implicar que o hipnoterapeuta força o paciente ao transe — o que não é uma verdade. A hipnose requer cooperação. O paciente deve estar aberto a sugestões do hipnoterapeuta e motivado a utilizar o contexto hipnótico em benefício dele próprio. A hipnose é um estado de consciência concentrada. É muito como a meditação. O hipnoterapeuta ajuda o paciente a se focar em algo (por exemplo, um ponto no teto, uma memória, sensações de relaxamento no corpo).<br />
Isso aumenta a atenção sobre o momento. Normalmente, as pessoas relaxam mais e mais, com o decorrer do tempo. Elas se tornam mais absorvidas e interessadas em suas “vidas internas”. Desse forma, há mais acesso a recursos do inconsciente, tais como intuição, memória, associações positivas e mudança fisiológica. A extensão da sessão de hipnose varia de acordo com a proposta. Geralmente, cerca de 20 minutos são exigidos. Mas algumas sessões — com crianças, por exemplo — são bem mais curtas. Às vezes, as sessões são mais longas, como quando preparamos os pacientes para procedimentos médicos ou odontológicos. Cada vez mais, os terapeutas estão gravando a hipnose e fornecendo o registro ao paciente. Dessa forma, os pacientes podem continuar a ouvir a hipnose, absorver o processo repetidamente e aprender mais sobre possibilidades e benefícios do método.<br />
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<b>A hipnose ericksoniana é eficaz contra vícios, como o tabagismo e o uso de drogas?</b><br />
Há diferentes opiniões sobre como a hipnose pode ser usada no tratamento de desordens de vício. Muitas pessoas que buscam a hipnose para a adicção querem que o hipnoterapeuta as coloque em transe e faça o vício ir embora. Isso é impossível. Há terapeutas que usam a hipnose para aumentar a motivação a parar com o vício, a imaginar a vida sem o vício, a reduzir a abstinência. Eu digo aos pacientes viciados que me ligam para buscarem tratamento especializado. Se quiserem usar a hipnose no futuro, eu os verei três meses depois de pararem com esse comportamento. A hipnose pode ser bem valiosa para ajudar a manter a abstinência, resistir à tentação e permanecer orientado a um estilo de vida “limpo”. A exceção é o tabagismo. Muitos pacientes podem ser ajudados pela hipnose a pararem de fumar. Mas não é a hipnose que fará com que a pessoa pare. O indivíduo precisa pretender essa ação. A hipnose o ajudará nessa intenção. Há recursos maravilhosos no Brasil para pessoas que queiram a experiência da hipnose para parar de fumar ou para outros propósitos. Em Brasília, Maurizio Neubern — do Instituto Milton H. Erickson — é um excelente médico. Em Anápolis (GO), Rodrigo Murrer — do Instituto Crescente — é bastante capacitado na hipnose ericksoniana e capaz de ajudar pessoas que gostariam de trazer esse método para suas vidas.<br />
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<b>Qual é o impacto da hipnose sobre a autoconfiança de um paciente e como método de psicoterapia?</b><br />
A hipnose existia antes da psicoterapia. Na Europa, durante o século 19, médicos que estudavam e usavam a hipnose decidiram “experimentar”. Eles usaram processos hipnóticos sem colocar os pacientes em transe. Eles chamaram esse novo método de “psicoterapia”. Então, a hipnose é realmente um método mais antigo de psicoterapia. Quando conduzida adequadamente, o indivíduo hipnotizado experimenta e entende que os resultados que ocorrem se devem a suas próprias capacidades. As sugestões do hipnoterapeuta ajudam. Mas os ganhos que acontecem são atribuídos aos recursos do próprio paciente. A hipnose apoia e realça mudanças, mas são os pacientes quem as criam. Dessa forma, os indivíduos podem se sentir melhores sobre si mesmos e acreditarem mais em si mesmos. Então, podem viver com mais confiança, acreditando que podem lidar com desafios e permanecerem orientados rumo à satisfação, às conquistas e ao contentamento.<br />
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<b>O ANTIGO E O MODERNO</b><br />
De acordo com Rodrigo Murrer, cirurgião-dentista com habilitação em hipnose e formação internacional em hipnose ericksoniana, o método é mais flexível e se molda às necessidades do paciente. “O método tradicional usa o transe formal. Na hipnose ericksoniana, há o transe conversacional: a hipnose pode ser feita durante uma conversa entre terapeuta e paciente”, explica. Murrer afirma que a hipnose clássica é direcionada: o terapeuta diz o que o paciente deve fazer. “São sugestões diretas, como ‘Agora você vai sentir um formigamento na mão’”, exemplifica. “A hipnose ericksoniana é mais indireta, respeita mais a experiência de cada pessoa”, acrescenta.<br />
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Fonte: CORREIO BRASILIENSE-DF - 26/3/2010<br />
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</a>Rodrigo Murrerhttp://www.blogger.com/profile/15952543404108301026noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-1530228271336225001.post-57923293672306489462010-02-10T10:55:00.002-02:002018-01-08T13:44:33.402-02:00Um Brasileiro na Fundação Milton Erickson<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBPxRkSBSCCGDh_meGLq_5klG74eBsTt6D_q6MtM5T_OvE13EEGDhay0q8qRxDu6ocHBd_wC7HCOxRppxKkuTdmutGZ7Zikcd8iqpM9eRsx09J6a3aFS3G0kv3MbaH6AMoI_o4kB43nR_9/s1600/foundation.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="142" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBPxRkSBSCCGDh_meGLq_5klG74eBsTt6D_q6MtM5T_OvE13EEGDhay0q8qRxDu6ocHBd_wC7HCOxRppxKkuTdmutGZ7Zikcd8iqpM9eRsx09J6a3aFS3G0kv3MbaH6AMoI_o4kB43nR_9/s400/foundation.jpg" width="400" /></a></div>
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Meu interesse pela hipnose começou há alguns anos atrás, quando ainda lecionava no Curso de Odontologia da Universidade de Fortaleza. Um dos meus alunos naquela época começou a falar a respeito do assunto e a usar algumas técnicas nos pacientes da clínica da faculdade. Confesso que a princípio eu era meio cético em relação ao tema, mas depois de ver com meus próprios olhos a eficácia da sua utilização me interessei pelo assunto e comecei a estuda-lo com mais dedicação.<br />
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Os meus estudos, inicialmente direcionados à hipnose clássica, me trouxeram até os trabalhos do Dr. Milton H. Erickson, de quem eu já havia ouvido falar alguma coisa quando estudei Programação Neuro-Lingüística. Daí pra frente foi um universo de possibilidades que se abriu e que me fez querer estudar com mais profundidade as aplicações terapêuticas e as técnicas de Hipnose Ericksoniana.<br />
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Neste caminho de aprendizado, na busca de quem pudesse me ensinar algo tão fino, tive bons mestres, mas tive também algumas decepções que me deixaram inseguro a respeito do que eu estava aprendendo e isso me fez querer conhecer a Fundação Milton H. Erickson e aprender diretamente com as pessoas que fazem parte dela.<br />
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A Fundação Milton H. Erickson é uma instituição sem fins lucrativos que foi criada para promover e dar continuidade ao trabalho do Dr. Milton H. Erickson. A Fundação dedica-se à formação de profissionais de saúde e mantém rigorosos requisitos de elegibilidade para a participação nos seus treinamentos. Ela está localizada em Phoenix, capital do Estado do Arizona, no sudoeste dos Estados Unidos, onde o Dr. Milton morava e tinha seu consultório e onde ele começou a oferecer seus seminários didáticos e a formar alguns “discípulos” que hoje mantém a Fundação.<br />
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Foi assim que, em 10 de julho de 2009, depois de algum tempo de preparo e planejamento, desembarquei em Phoenix para participar de um treinamento intensivo de 3 semanas promovido pela Fundação. Estava empolgadíssimo em poder conhecer e estudar com pessoas que conviveram com o Dr. Erickson e aprenderam diretamente com ele sua filosofia e suas técnicas.<br />
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No primeiro dia fomos recebidos pelo Dr. Brent Geary, que é o Coordenador do Treinamento há 23 anos. Como é comum neste tipo de evento, ele pediu que fizéssemos um círculo com as cadeiras e nos apresentássemos. Fiquei surpreso como, num grupo relativamente pequeno (aproximadamente 30 pessoas), tínhamos representantes de praticamente todas as partes do mundo: EUA, Canadá, Espanha, Itália, Suécia, Áustria, Alemanha, Itália, Eslováquia, Irã, China, Índia e Austrália....e eu era o único representante da América Latina. Foi uma experiência incrível conviver por 21 dias com pessoas de culturas tão diferentes e todos reunidos com o mesmo objetivo. Tínhamos as aulas durante o dia inteiro e à noite nos reuníamos para assistir vídeos do Dr. Erickson ou de outro professor e treinar o que estávamos aprendendo.<br />
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Além das aulas tivemos a oportunidade de visitar a Fundação Milton H. Erickson, ter acesso à Biblioteca e a documentos pessoais e pudemos assitir a algumas filmagens do Dr. Erickson atuando que ainda não estão disponíveis para o público. Visitamos também a casa onde ele morou.<br />
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Além do Dr. Brent Geary, tivemos aula com o Dr. Jeff Zeig, presidente da Fundação, e com o Dr. Stephen Lankton, ambos autores de vários livros de psicoterapia e hipnose ericksoniana. Além disso, tive a grata surpresa de termos aula com uma brasileira, Dra. Lílian Borges Zeig, que mora em Phoenix. Algo que me chamou muito a atenção no treinamento foi a excelência na organização e no planejamento das atividades didáticas, feitos pelo Dr. Brent Geary. Aliás, uma de suas qualidades era certificar-se a todo momento que todos estávamos entendendo o que estava sendo explicado e fazer com que praticamente tudo que víamos fosse colocado em prática logo em seguida. Vi nele uma pessoa com quem eu podia aprender as coisas com muita facilidade e, em uma das conversas que tivemos, descobri que ele nunca tinha vindo ao Brasil. Daí a planejarmos a vinda dele foi uma caminhada. E foi com muita satisfação que o Instituto Crescente trouxe o Dr. Brent Geary para o Brasil, oferecendo uma oportunidade única de aprendizado para quem não quer ou não pode ir tão longe. Ele esteve em Goiânia, ministrando um Workshop sobre Hipnose Ericksoniana entre os dias 19 a 23 de maio. Entre os participantes do Workshop tivemos pessoas ilustres como a Dra. Ângela Cota, diretora do Instituto Milton Erickson de Belo Horizonte e o Dr. Paulo Evangelista, grande nome da Hipnoterapia do Rio Grande do Sul.<br />
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